Em artigos anteriores, comentamos sobre a força da Web 2.0, sua aplicação no mercado e também sua alta aceitação por parte dos usuários. Falamos sobre suas aplicações e também sobre o seu futuro. Aliás, qual será o futuro da Web 2.0? Começa a se falar sobre Web semântica ou, um termo mais próximo, a Web 3.0.
Hoje, o que temos, é o chamado relacionamento 2.0, onde visualizamos wikis, blogs, redes sociais como Orkut, marketing viral. Há uma livre participação dos internautas, há um envolvimento na produção de informações e conhecimentos, nega-se uma hierarquia e um método de controle. Existe um relacionamento direto que exige novas formas de organização.
Segundo Pierre Lévy, há um novo tipo de pensamento sustentado por conexões sociais tornadas viáveis pelas redes abertas de computação que configuram a Internet. A Wikipedia é um exemplo desse tipo de inteligência, que permite a edição coletiva de verbetes e sua hipervinculação (artigos com links que levam a outros artigos).
Agora, quanto a Web 3.0, o que se especula? Segundo o artigo publicado em 2001 por Tim Berners-Lee, James Hendler e Ora Lassila, publicado no Scientific American, a “Web Semântica: um novo formato de conteúdo para a Web que tem significado para computadores vai iniciar uma revolução de novas possibilidades”, haverá uma evolução deste modelo que vivemos, mas com uma maior envolvimento e uma alta personalização.
O computador deixará de ser o contato com a rede, usaremos diferentes aparelhos para diferentes finalidades, o que importará será o serviço em sim. Haverá mais abrangência do conteúdo e profundidade de ações.
A interação direta entre máquina e o homem será uma realidade. As informações serão incorporadas pelas máquinas, pela rede de computadores, que fornecerá estruturas e significados daquele conteúdo que a pessoa está visualizando, criando um ambiente onde usuário e rede poderão trabalhar de forma cooperativa.
O objetivo principal será desenvolver tecnologias e linguagens que tornem a informação legível para as máquinas. As aplicações irão categorizar a informação e aumentar a qualidade do resultado das ferramentas de busca através da resolução de ambigüidade e contextualização da informação.
O conteúdo que agora está disperso estará mais próximo do usuário. Ficará mais fácil organizar a informação que está espalhado na internet. Haverá um significado aos conteúdos publicados na internet, capaz de ser perceptível tanto pelo homem quanto pelo computador.
E como isso atinge as organizações? Elas terão mais espaço para disponibilizar a informação, mas ao mesmo tempo deverão aproveitar o que o mercado exige, sabendo explorar corretamente este nicho, que irá vigorar nesta nova era.
Como explica Chris Anderson, autor do livro “A Cauda Longa” (The Long Tail), a internet otimiza buscas individuais, realizadas de maneira organizada seguindo os interesses pessoais. O importante é estar atento ao que seu público deseja e o que ele quer encontrar.
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