sábado, setembro 20, 2008

O dia em que a panela de pressão explodiu!

Vocês devem estar achando estranho este título. Um título que pode ser interpretado de diversas maneiras metafóricas, mas pode interpretá-lo ao pé da letra. Isso mesmo, a panela de pressão explodiu com um monte de feijão dentro em minha cozinha. Imagine a cena... ou melhor, vou contar desde o começo como tudo aconteceu.

Depois daquele dia estressante no trabalho, saí depois do meu horário (o que com certeza não contará como hora extra), peguei o meu carro prestes a pegar mais um dia de trânsito em São Paulo. É normal ter o seu tempo de volta multiplicado por 2 ou até por 3 horas. Numa cidade caótica como esta, 2 horas é pouco. Bem, peguei meu carro liguei o rádio e ouvi: 132km de congestionamento. Pensei:”vou cortar caminho pela USP”. Foi o que eu fiz. Ainda bem, porque senão eu estaria ainda na marginal.

Mesmo o meu “atalho” ou rota de fuga estava congestionado, mas fui andando, pouco, mas fui. E de tempos em tempos ligava para o meu marido para saber quem chegaria primeiro. Bem, depois de duas horas, um pit stop no posto, uma queijadinha e um tanque quase cheio, cheguei em casa. Até me esqueci do cara que vinha fazer uma pesquisa (aquelas pesquisas que ninguém gosta de responder, sabem?) estava na porta do meu prédio. Mas quando ele me ligou, eu estava no posto abastacendo, e dispensei o pesquisador.

O engraçado foi ver o meu humor: de péssimo a ficar radiante - It´s a beautiful day do U2 tocava no rádio, e o meu humor melhorou quando vi o portão do prédio. Estacionei, peguei o elevador com a vizinha e subi conversando.

Entrei correndo para preparar o jantar, já que alguns amigos (uns blogueiros outros não) iam vir jantar em casa. Peguei o feijão coloquei em 2 panelas de pressão (o feijão estufou demais no molho), e deixei cozinhar. Aí pensei: “vou me desestressar lendo o meu blog ou ouvindo música”. Nem deu tempo. A panela de pressão explodiu!

Gritei e me abaixei! E só vi um jato preto sendo projetado no teto. Consegui no meio daquela chuva negra desligar o fogão. Olhei pro teto e chovia feijão! Uma cena bizarra! Comecei a rir! O dia foi tão estressante e só podia fechar com aquilo.

Mas quem pensa que eu me descabelei, gritei esbravejei, está enganado. Fui tranqüilamente pegar uma escada e alguns panos. E comecei a limpar. Limpei o que eu consegui alcançar. E o que ficou lá, eu peço pra secretária, diga-se faxineira, consertar...

Terminei o que consegui. Olhei para as minhas mãos pretas e minha camisa branca salpicada de feijão, peguei o meu notebook branquinho e comecei a escrever.

O que eu tirei disso tudo? Vou fazer o que eu gosto, e não me importo com mais nada, vou me dedicar a minha monografia, ao meu blog, e as minhas coisas. Deixe o feijão cozinhar, porque sempre estarei lá para degustá-lo, seja de uma panela que explodiu ou de uma outra qualquer.

E eu fecho este dia escutando Nerina Pallot - Everybody is going to war...



Foto de forrest gump girl

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