Às vezes, não tenho idéia para nada. Seca o poço do pensamento, e não sai uma vírgula. Quando tenho alguma idéia, escrevo algumas frases, até algumas linhas, mas é só. Não é nenhum texto inteiro, ou algo interessante ou aproveitável.
Passeio pela casa, olhando para o infinito vazio, tentando encontrar alguma explicação para esta falta de idéia. Mas nada adianta.
Ligo o meu computador. Ele parece me olhar perguntando: “o que faz você pensar que vai conseguir alguma coisa?”. Não respondo. E ele continua me encarando seu olhar frio e impessoal: “você apenas está desperdiçando energia, nada adiantará.” Ignoro tudo, e continuo tentando. Conecto na internet, navego como um louco desesperado por informação, mas não sei qual quero. Envio e-mails para pessoas desconhecidas, somente por divertimento. Desligo quando me canso.
Vou até a cozinha. Abro a geladeira, e sua luz ilumina o ambiente. Não há nada para comer. Faz alguns dias que eu não saio de casa, por isso não comprei nada. Tudo muito vazio.
Tomo apenas um copo d’água gelada. É só isso que me deu vontade para fazer.
Saio da cozinha, vou até a sala, volto ao quarto. O ritual é sempre o mesmo quando não sei o que fazer. Às vezes, paro na frente da estante para pegar um livro, mas já li todos os que tenho, e fico com preguiça de lê-los novamente.
Não sei porque isso acontece. Posso ficar dias, semanas assim.
Mudo a rotina. Saio de casa, ando pelas ruas. Vou até a uma banca de jornal, compro alguma revista, jornal, gibi, qualquer coisa para me entreter.
Ando pelas ruas, e observo as pessoas. Nada mudou.
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